Se considerarmos o Bem Comum como a expressão da vontade moral de indivíduos, ou ainda a possibilidade de busca à felicidade natural e ao sentimento de satisfação que um Estado deve proporcionar aos cidadãos, não é condenável pensar em um primeiro momento que ele deve vir atrelado à Ordem. A Ordem tem como fim um ambiente estável e sem conflitos, que por consequência garantiria assim um bem partilhado por todos. No entanto, tal ordem nem sempre é estabelecida por meios pacíficos. A história não nos poupa exemplos em que ideias e força física uniram-se para estabelecer um Estado ditatorial, baseado na ordem e no falso bem comum, dispensado a pequenas parcelas da população, os situacionistas. Entretanto, mesmo em Estados democráticos o Bem Comum "representa, pois, a tentativa maior para realizar uma integração social baseada no consenso" (Matteucci), em que consenso não é uma aprovação geral, apenas um acordo entre partes diferentes, no qual a ordem não favorece o bem comum, apenas um bem "fragmentado", disponível para poucos.
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